SEXO NA GRAVIDEZ, PODE?

Sexualidade no período gera receios físicos e psicológicos, mas deve ser mantida.

A gravidez é um capitulo importantíssimo na vida da mulher. O sonho de ser mãe está finalmente se tornando realidade e o período traz muita alegria. No entanto, ele pode ser sinônimo também de preocupações intensas e do afastamento do casal. O sexo, que mantém a chama viva entre os parceiros, se torna motivo de muitas dúvidas e receios.

O obstetra Alfonso Massaguer diz que a vida sexual pode e deve ser mantida durante a gestação. “Em uma gravidez normal e saudável não há risco para o bebê”, conta ele. A relação sexual só deve ser evitada em casos de problemas como sangramento, ameaça de aborto e outros sinais de risco.

Entre as posições mais favoráveis, é indicada aquelas em que a mulher fica por cima ou de lado, que são mais fáceis quando o útero já está aparente.

Você já deve ter ouvido que o sexo acelera o parto, e a informação é verdadeira quando a mulher já está na fase final da gestação. A relação sexual pode ajudar na dilatação do colo uterino e desencadear contrações uterinas por liberação de prostaglandina gerada durante o ato sexual.

Muito além do físico

Apesar do sexo na gravidez ser saudável, algumas questões psicológicas despontam nessa fase. A mulher está fragilizada em muitos aspectos e tem temores em relação à aparência, ao bebê, ao seu novo papel de mãe e o medo de perder o marido. A psicóloga clínica Triana Portal, conta que é normal que o sexo diminua ou desapareça no primeiro trimestre, quando o casal precisa se acostumar com a ideia desse novo momento.

No segundo trimestre, entre o terceiro e quinto mês de gestação, a vida sexual é retomada. “Para a mulher que consegue sentir vontade, o sexo é importantíssimo, já que ela fica mais segura, o casal fica mais próximo e fortalece o relacionamento para os meses difíceis que estão por vir”, indica. A profissional lembra que após o nascimento da criança o relacionamento muda muito, porque você precisa se acostumar com a nova e trabalhosa rotina: quando o casal consegue manter relações e proximidade saudáveis na gestação, esses meses de transição da vida de casal para uma família completa acontecem de maneira mais tranquila.

Após o terceiro trimestre, é comum parar novamente o sexo. Muitas mulheres se sentem menos atraentes, têm medo de se afastar do parceiro, sofrem mal estar e ficam mais cansadas, reduzindo naturalmente a libido. Além disso, existe aquela sensação de que a mãe é uma entidade, e que ela deve ser sinônimo de pureza e se reservar. Algumas vezes a relação sexual existe de forma meio forçada, porque quer manter o casamento. Quando não é natural, o sexo não ajuda na questão do vinculo.