TIRE DÚVIDAS SOBRE O CARCINOMA BASOCELULAR, CÂNCER DE PELE MAIS COMUM

Na última semana, o australiano Hugh Jackman, famoso por interpretar o personagem Wolverine, usou o Instagram para informar aos fãs que está tratando um carcinoma basocelular, câncer de pele mais comum e de alta incidência no verão. O alerta do ator vem de encontro com o Dia Nacional do Combate ao Câncer de Pele, que acontece nesse sábado (30). Apesar de ser de fácil tratamento, a doença pode passar despercebida e causar grandes transtornos.

A dermatologista Érica Monteiro, do Instituto Protetores da Pele, conta que existem várias formas de manifestação para o câncer de pele, no entanto, os mais comuns são o basocelular e o espinocelular, mais brandos, e o melanoma, que é mais grave e possui risco de espalhar para outros locais e órgãos (metástase). “O carcinoma basocelular é, geralmente, uma lesão rosada e brilhante que pode se tornar uma ferida que não cicatriza. Já o carcinoma espinocelular é mais difícil de diagnosticar, uma vez que se caracteriza por um machucado avermelhado que se manifesta no lábio e na parte interna da boca. Por sua vez, o melanoma pode ser uma mancha escura ou um nódulo proveniente de pintas já existentes na pele”, explica.

Os fatores de risco

O carcinoma é mais comum em pessoas com a pele clara, mas existem outros fatores que indicam risco maior da doença. “Quem teve queimaduras na infância tem mais chances e o quanto de sol tomamos ao longo da vida também influencia”, conta a dermatologista Meire Gonzaga, do Hospital Assunção, da Rede D’Or São Luiz.

Reconhecendo a doença

“Esse câncer é localmente invasivo, vai crescendo e aumentando, mas raramente dá metástase. Os sinais são feridinhas que não cicatrizam e pápulas (bolinhas) de borda perlácia, parecidas com pérolas. O carcinoma pigmentado é uma bolinha escura e pode ter vários vasinhos de sangue”, fala Meire.

A profissional fala que o tempo normal de cicatrização de uma ferida é de cerca de 15 dias. “Não cicatrizou nesse tempo, procure um dermatologista para ver do que se trata. Pode não ser nada, mas pode ser também um câncer”, completa.

O tratamento

Quando descoberto em fase inicial, a melhor forma de tratar esse tipo de câncer de pele é a remoção total da ferida, que por si só já garante a cura, sem necessidade de complementos como a radioterapia ou quimioterapia. “Você continua acompanhando como qualquer outro, mas já pode falar de cura se a pessoa não teve infiltração para locais mais profundos”, garante Meire.

Previna-se

Como prevenir é sempre melhor, e mais fácil, do que remediar, o verão exige uma proteção solar constante e na medida certa para ser eficiente. A melhor maneira de prevenção é a proteção com filtro solar, desde as crianças até os adultos. O fator deve ser de no mínimo 30 e precisa ser reaplicado a cada duas horas. A quantidade correta é de uma xícara de café para uma pessoa de 60kg, como ninguém usa essa porção é muito importante passar generosamente e sempre que entrar na água ou tiver suor excessivo.

Os horários de exposição ao sol também devem ser levados em consideração, visto que, próximo ao meio dia os índices UVB, que elevam os riscos, começam a aumentar.

Outra opção para quem não tem disciplina quando o assunto é filtro solar são as roupas com tecidos que possuem proteção UV.

ESCOLHA O PROTETOR SOLAR CORRETO E APROVEITE O VERÃO SEM MEDO

 

Há quem ainda torça o nariz para o protetor solar por conta do “trabalho” que dá para espalhar o produto ou pela oleosidade que ele pode causar. Seja qual for o inconveniente, no entanto, se proteger diariamente e não apenas à beira da piscina ou do mar é mais do que indicado pelos médicos. A boa notícia é que não faltam versões no mercado para aplacar os problemas da exposição ao sol sem comprometer a praticidade do dia a dia e a estética. Em forma de loção, spray, mousse ou pó, qual é o melhor para você?  

Antes de fazer a compra, a dermatologista Ligia Kogos frisa que nem sempre é necessário gastar muito para adquirir um protetor com um fator muito alto de proteção. A principal atenção é se você tem pele clara ou mais morena ou se precisa de uma barreira extra por indicação médica. “Se estiver com problema especial, como ter passado por um peeling ou outros tratamentos em que a pele fica muito exposta, é possível que o dermatologista recomende um fator mais alto, mas são casos particulares”.

 

De todos os tipos

Para escolher o protetor ideal, preste atenção ao seu tipo de pele. De acordo com ela, quem tem a pele mais oleosa deve escolher opções mais leves, como os sprays.

Outra ótima (e fora do comum) apresentação são mousses, que espalham tão facilmente quanto os em spray e ainda deixam um brilho na pele. Essa pode ser uma boa sugestão para as mulheres, principalmente para áreas como o colo e o bumbum. “Como o brilho do protetor dá um destaque, chama atenção para as regiões e para o bronzeado”. E quem não quer exibir aquela cor de verão?

Costuma suar demais e os protetores comuns, em loção, irritam seus olhos? Saiba que há um modelo de proteção em pó, eles são os favoritos dos esportistas ao ar livre, porque ficam bem fixos ao rosto e são à prova d’água, o que aumenta a eficiência.

 

 

Proteja as crianças

A especialista aponta que o produto certo é aquele desenvolvido para crianças e que contém barreiras físicas para garantir uma proteção ainda maior aos pequenos. “Todos os filtros físicos especiais para as crianças, para que não haja nenhuma dúvida, são compostos por ingredientes que refletem a luz solar e fazem uma barreira física. A pele não absorve o produto”, explica ela. Além disso, os fabricantes fazem esses protetores à prova d’água, para garantir a eficiência o maior tempo possível.  

E para os homens?

Para os homens, as versões em spray do protetor, os homens não têm muita vontade de passar e costumam ter a pele mais oleosa. Pelo tipo de pele e pela praticidade, o spray é a melhor opção para eles.

Fonte: daquidali