A aromaterapia, praticada há milhares de anos é, tal como o
seu próprio nome indica, uma terapia através dos aromas. Aromas naturais,
extraídos de flores, raízes, folhas, sementes, ervas, madeiras e resinas, e
transformados em óleos essenciais que são utilizados na prevenção e no
tratamento de doenças físicas e psicológicas.
Parte integrante da medicina alternativa, a aromaterapia
existe há mais de seis mil anos, tendo sido ativamente praticada nas antigas
civilizações da Grécia, Roma e Egípcio.
Sentido de olfato
Um dos cinco sentidos, o nosso poder de cheirar é, em si só,
extremamente potente, com efeitos curiosos. Por exemplo, um certo aroma pode
despertar memórias de infância bem guardadas ou o cheiro de determinado
alimento pode abrir o apetite.
Quando inalamos óleos essenciais, as nossas células olfativas
são estimuladas e esse impulso é encaminhado para o sistema límbico – o centro
emocional do cérebro – ligado à memória, à respiração, à circulação sanguínea e
aos hormônios.
Benefícios físicos,
emocionais e espirituais
Escolhidos os óleos essenciais apropriados (sendo, por isso,
importante procurar sempre um profissional de aromaterapia), os benefícios são
mais que muitos e sentem-se a diversos níveis.
Mente – tratamento de cansaço mental, stress, tensão, certas
fobias, insónias e outras perturbações do sono; aumento dos níveis de
concentração, memória e produtividade.
Corpo – as propriedades anti-bacterianas dos óleos
essenciais auxiliam na cicatrização de feridas externas; atuam no melhoramento
da circulação sanguínea, na drenagem linfática e na eliminação das toxinas do
corpo; tratamento de doenças de pele, perturbações digestivas, desequilíbrios
hormonais, dores musculares e de articulações; aumento dos níveis de energia e
bem-estar geral.
Estado emocional – os óleos essenciais também podem
funcionar como um anti-depressivo potente, ajudando a acalmar e a aliviar
estados de nervosismo, tristeza, pânico, ansiedade e de depressão; aumento dos
níveis de auto-estima e de auto-confiança.
Estado espiritual – a aromaterapia também é utilizada para
aumentar os níveis de consciência, percepção e de comunhão com forças maiores,
sendo ainda parte integrante na prática da meditação.
Óleos essenciais
Os óleos essenciais
utilizados na aromaterapia são extraídos de plantas, flores, raízes, folhas,
sementes, ervas, madeiras e resinas e, posteriormente misturados com outras
substâncias – caso do óleo, álcool ou loção – o que permite a sua utilização de
forma prática.
Óleos de nota elevada – os mais estimulantes e revigorantes,
têm um aroma forte, mas o seu perfume dura apenas entre 3 e 24 horas. Alguns
exemplos incluem: basílico, bergamota, salva, coentro, eucalipto,
laranjeira-amarga, hortelã-pimenta e tomilho.
Óleos de nota média – atuam ao nível das funções corporais e
metabólicas e, embora menos potentes, a sua fragrância só evapora passados 2 ou
3 dias. Alguns exemplos incluem: erva-cidreira, camomila, funcho, gerânio,
hissopo, junípero/zimbro, lavanda e alecrim.
Óleos de nota baixa – o seu aroma doce e calmante, tem
efeitos relaxantes no corpo e é a fragrância que mais tempo dura, até uma
semana. Alguns exemplos incluem: cedro, cravinho, gengibre, jasmim, rosa e
sândalo.
Aplicação
Na aromaterapia, os óleos essenciais têm múltiplas
aplicações:
Externa – aplicado directamente na pele (diluído ou não),
tratam feridas superficiais ou problemas de pele, activando, em simultâneo, os
receptores térmicos do corpo, matando micróbios e fungos.
Interna – ingerido através da diluição em água ou adicionado
à alimentação, activam o sistema imunitário.
Massagem/Banhos – largamente associados às massagens e
banhos de aromaterapia, nestes casos os óleos essenciais são inalados, mas
também são absorvidos pela pele, entrando no sistema circulatório que os
transporta para os órgãos e restantes sistemas do corpo.
Difusão no ar – queimados como incenso ou colocados em
recipientes ao ar livre, os óleos essenciais são captados pelas células
olfactivas e direccionados para o sistema límbico.
A aromaterapia é
segura?
Enquanto tratamento 100% natural, a aromaterapia só poderia
ser segura, no entanto, existem sempre algumas precauções que não devem ser descartadas,
nomeadamente se é um principiante neste gênero de tratamentos. Antes de
procurar a aromaterapia, informe e peça a opinião do seu médico de clínica
geral. A aromaterapia não deve ser praticada por mulheres grávidas (alguns
óleos como junípero, alecrim e salva podem provocar contrações uterinas); por
crianças com menos de 5 anos (são muito sensíveis aos óleos); por pessoas com
doenças crónicas; por pessoas com problemas de pulmões como asma, alergias
respiratórias ou doença pulmonar crónica (podem causar espasmos respiratórios).
Salvo indiciação específica, os óleos essenciais não devem
ser ingeridos; e deve evitar o contato com os olhos e a boca; estando sempre
atento a qualquer sinal de reação alérgica.
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