quarta-feira, 21 de maio de 2014

QUE TAL DAR UMA APIMENTADA NA VIDA E AINDA PODER EMAGRECER?

Quer uma pimentinha? Se você vê essa pergunta com desconfiança, pode mudar de ideia depois de saber que as propriedades desse vegetal vão muito além de seu sabor picante. Apesar de vistas por algum tempo como potenciais vilãs da alimentação, elas têm ação anti-inflamatória, antioxidante e o melhor para quem quer manter o físico: são termogênicas. 

Desvende os tipos
Elas possuem diferentes formatos e costumam ter sabor marcante (principalmente ardido), apesar de também existirem tipos doces. Além disso, as pimentas deste gênero são excelentes fontes de betacaroteno (pró -vitamina A), vitaminas A, C e do complexo B(tiamina, riboflavina, niacina e ácido fólico).
Entre todas as espécies, cinco se destacam:
Capsicum annuum L.: pimenta doce, jalapeño;
Capsicum chinense Jacq.: pimenta de cheiro, biquinho, bode, cumari do Pará;
Capsicum frutescens L.: malagueta;
Capsicum baccatum L.: dedo-de-moça, Cambuci;
Capsicum pubescens: pimenta de tamanho médio.
A famosa ardência na língua acontece por causa da capsaícina, composto com grande ação antioxidante e anti-inflamatória. Esta substância em contato com as membranas da boca, do nariz e da garganta, desencadeia um sinal de dor transmitido de célula a célula até chegar ao cérebro. Assim, o cérebro reage produzindo endorfinas, que eliminam a sensação dolorosa, ou seja, a capsaícina arde, mas ao mesmo tempo alivia dores e quanto mais picante, maior a quantidade do princípio ativo.

Propriedades benéficas
São benéficas porque possuem atividades antimicrobiana, anti-inflamatória e anticancerígena. “Um estudo publicado no The Journal of Cancer Research dos Estados Unidos, em 2006, descobriu que a capsaícina induz à apoptose, morte celular programada, em células do câncer de próstata,  contribuindo para evitar a proliferação da doença. Outro estudo,  publicado na National Academy of Sciences of the United States of America, sugere que a capsaícina também ajudaria a reduzir o crescimento de tumores nas mamas e ovários, por promover a apoptose das células”.
Segundo alguns estudos experimentais indicam que a pimenta diminui o desejo de ingerir proteínas, carboidratos e gorduras. Contudo para obter tais benefícios é preciso que a pimenta seja do gênero Capsicum.
Além disso melhora a digestão e diminui os níveis de colesterol. O resultado é a redução do risco de problemas como hipertensão, infarto e outras doenças cardiovasculares e, por ter efeito termogênico – ou seja, acelerar o metabolismo –, aumentam o gasto calórico e assim ajudam a emagrecer. A ingestão de 6 gramas de pimenta queima cerca de 45 calorias.
De olho no consumo
O consumo de apenas 3g de pimenta por dia já promove benefícios à saúde do indivíduo. Quanto ao princípio ativo, a recomendação é o consumo de até 30 mg por dia de capsaícina para que se obtenha o efeito terapêutico. Isso é equivalente a ingerir até 6 unidades da pimenta dedo-de-moça, 3 unidades de pimenta jalapeño ou até ½ pimenta malagueta.
Apesar de não haver grandes diferenças no que diz respeito a benefícios, o consumo e uso de pimenta nas preparações pode valorizar o seu sabor e paladar.
Recomenda-se, porém, cuidado especial quando do consumo de molhos de pimenta, que não usam o fruto in natura e sim o óleo concentrado ou o extrato elaborado a partir de pimentas secas e picantes. A atenção redobrada é necessária, pois estes podem causar queimaduras ou bolhas na boca ou na língua, náuseas, alterações respiratórias e vômitos, além de sudorese e elevar a pressão arterial.

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